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Pollyanna - Eleanor H. Porter

... Então eu percebi que havia encontrado motivos para ficar contente.
Sabe, quando procuramos motivos para ficar contente, acabamos esquecendo as outras coisas, como a boneca que eu queria... Entende? (trecho do livro)

Foto feita por Livros Que Amamos

Pollyanna é um clássico de Eleanor Hodgman Porter, que iniciou sua carreira literária em 1900, escreveu diversos livros, como Correntes Cruzadas e Miss Billy dentre outros, mas foi em 1913 que  Eleanor alcançou reconhecimento e sucesso mundial com a publicação de Pollyanna, devido ao grande sucesso em 1915 foi publicado o livro Pollyanna Moça, continuação da história que conquistou milhares de pessoas pelo mundo afora.

A mãe de Pollyanna (Jennie), deu a sua filha esse nome em homenagem a suas duas irmãs, Polly e Ana, ela até chegou a enviar uma carta na época do nascimento da menina, mas infelizmente a família não se comunicava mais com ela desde que se casou com um humilde Pastor. A família dela era rica e não aceitou de bom grado que Jennie dispensasse um rico pretendente para se casar com outro que não era do mesmo nível social, na verdade, após ver como ele ensinou Pollyanna a ver e entender o mundo, só posso dizer que eles estavam totalmente errados em rejeitar esse homem tão nobre e digno. Após Jennie ir embora como esposa de um simples missionário, a família cortou relações com ela e, infelizmente nunca mais os viu, ela morreu deixando o amado marido e filha, além disso, todos os membros de sua família também morreram, exceto Polly. 
Entenda que o fato de Polly estar ainda viva fez uma grande diferença na vida de Pollyanna, agora com 11 anos e órfã, é isso mesmo, o pai dela também morreu. John Whittier (pai de Pollyanna), deixou instruções para que após seu falecimento fosse escrita uma carta para a única irmã viva de sua esposa perguntando se ela talvez para honrar a memória da irmã, se encarregaria a partir de então da criação da sobrinha e a aceitasse em sua casa. Polly  Harrington não era casada e nem tinha filhos, vivia solitária em sua mansão, era de se esperar que sendo uma pessoa solitária ficasse contente ou pelo menos satisfeita com a vinda da menina para sua casa, mas não foi assim, ela aceitou receber a sobrinha apenas pelo espírito de dever e nada mais, e embora morasse em uma mansão mandou preparar para Pollyanna um pequeno quartinho abafado no sótão, quando li isso já bateu aquela antipatia por essa tia Polly. Nancy a empregada também ficou indignada, imagine que nem receber a pequena menina órfã — sua única sobrinha — na estação de trem ela foi, mandou Nancy fazer isso. Na verdade, Nancy simpatizou com Pollyanna antes mesmo de a conhecer e depois que a conheceu simpatizou mais ainda e resolveu que seria amiga de Pollyanna e que a protegeria como pudesse, ela não ia muito com a cara da senhora Polly, achava que ela era muito séria, ríspida e fechada. Como a tia Polly não estava muito disposta a ouvir o que a sobrinha tinha a dizer, Pollyanna ficou muito mais próxima de Nancy e acabou contando para ela sobre o Jogo Do Contente, explicou que foi seu pai que a ensinou e consistia basicamente em encontrar em tudo um motivo para ficar contente mesmo que fosse uma situação muito difícil, se fosse difícil mais divertido seria quando se encontrasse o tal motivo para ficar feliz ao invés de triste.
 John Whittier não deixou muitos bens materiais para a filha, apenas alguns livros, mas na minha opinião, ele deixou a coisa mais valiosa que poderia, o Jogo do Contente, porque através dele Pollyanna encontrou inúmeros motivos para ficar contente e ser feliz, mesmo nas adversidades e nos momentos mais tristes. Com seu jeitinho simples, inocente, falante e divertido ela conquistou uma cidade inteira, ela foi tão generosa em ensinar o jogo a maior quantidade possível de pessoas, e essa generosidade contagiou a todos que ao saberem do jogo contavam para outras pessoas também, criando uma rede de alegria, gratidão e sabedoria que se espalhou. Após aprenderem o Jogo as pessoas passavam a enxergar a vida de uma forma mais bela e alegre, passaram a dar mais valor as suas vidas. Após ler este livro é impossível não aprender a ficarmos contentes e agradecidos por tudo que nos cerca, se prestarmos um pouco mais de atenção nas pequenas coisas da nossa vida e a nossa volta, perceberemos haver sempre  uma razão para ser feliz.

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Livro 1 de A Roda do Tempo - O Olho do Mundo - Robert Jordan

 A Roda do Tempo gira, e Eras vêm e vão, deixando memórias que se transformam em lendas. As lendas desvanecem em mitos, e até o mito já está há muito esquecido quando a Era que o viu nascer retorna. (trecho do livro) 

A Roda do Tempo - O Olho do Mundo


Simplesmente adorei, é uma obra muito bem escrita, as venturas, mistérios e personagens são extremamente bem estruturados. O primeiro livro sobre o qual aqui escrevo foi publicado em janeiro de 1990 e, outros vieram depois, completando um total de quinze livros, sendo o último publicado em janeiro de 2013. A Saga Literária de Robert Jordan fez tanto sucesso que em novembro deste ano foi lançada um série pela Amazon baseada nos livros, apesar de a série intitulada com o mesmo nome — A Roda do Tempo — ser ótima, na minha opinião o livro é muito melhor, já que nos proporciona uma visão muito mais detalhada de toda a obra, e cá entre nós, na nossa imaginação, as histórias, assim como seus personagens e cenários ganham sempre um aspecto mais mágico, profundo e incrível e por esse motivo acaba deixando um pouco da nossa marca pessoal também.

O livro tem um foco maior em três personagens, Rand al'Thor, Perrin Aybara e Mat Cauthon, eles são amigos de infância e cresceram em Dois Rios uma cidade pequena e tranquila habitada na sua maior parte por fazendeiros e agricultores. Era uma época difícil, o inverno teimava em não dar lugar a primavera, e sussurros de coisas estranhas acontecendo nas sombras e pelo mundo eram ouvidos. Os habitantes de Dois Rios se negavam a desanimar e resolveram comemorar o Bel Tane (festival de primavera) com uma festa com direito a menestrel e música. Poucos dias antes desse evento, chega à cidade Moiraine uma Aes Sedai (designação para homens e mulheres que usam o Poder Único) e Lan seu guardião, todos ficam um pouco receosos com a chegada deles, percebemos ao longo da história que a maioria das pessoas tem uma certa desconfiança das Aes Sedai, ela ficou observando tudo fazendo perguntas em uma atitude meio suspeita. Na noite anterior a festa o povo foi surpreendido com um ataque de Trollocs, uns bichos muito feios com focinho de animal, enquanto isso Rand e seu pai Tam que estavam fora da Aldeia em sua pequena fazenda também foram surpreendidos pelo ataque e por pouco não são mortos, mas Tam fica gravemente ferido e debilitado, Rand com muita dificuldade consegue levar o pai a aldeia para pedir ajuda a Sabedoria que é uma espécie de curandeira, ao chegar lá percebe uma devastação, muitas pessoas feridas e mortas, casas pegando fogo, ele sente um certo alívio quando vê Egwene bem, ela é sua amiga desde a infância e eles meio se gostam que se paqueram, ela ajuda a levar Tam para a sabedoria examiná-lo, e é decepcionante, porque ela diz que não pode fazer nada por ele, com um certo pesar praticamente ela o desenganou, mas por sorte ainda existia uma solução para o problema, Moiraine poderia curá-lo com sua magia, o poder dela foi a salvação do povo, pois os  ajudou com Lan a enfrentar os Trollocs, sem ela e sua magia eles não teriam a menor hipótese de ter sobrevivido, mesmo com certa desconfiança, Rand decide pedir a ajuda dela e deixou que a As Sedai tentasse curar Tam que já estava inconsciente. Enquanto ela faz a magia de cura nele, revela a Rand que o motivo do ataque é porque o Tenebroso (O Grande Senhor das Trevas) está atrás dele e dos seus amigos e que eles precisam ir embora quanto antes para que as pessoas fiquem a salvo. O destino seria Tar Valon  a cidade onde moram as As Sedai e também centro do poder delas, lá eles poderiam ter proteção, na verdade, Rand, Perrin e Mat são Ta' veren o que significa que as teias do destino estão ligadas a eles de alguma forma e o que eles fizerem pode mudar o destino de pessoas e até mesmo do mundo para a destruição ou salvação, e também existe uma profecia que os envolve, um dos três é o Dragão Renascido, segundo as histórias Lews Therin podia tocar o Poder Único, o saidin, a parte masculina da Fonte Verdadeira, mas ela foi maculada pelo toque do Tenebroso e ele ao usá-la enlouqueceu e matou todas as pessoas que amava, além de causar a ruptura do mundo, onde vários desastres aconteceram. Conforme a profecia, o Dragão, como Therin ficou conhecido, renasceria na hora de maior necessidade da humanidade e desta vez ao invés de destruir ele derrotaria o tenebroso e salvaria o mundo, mas vocês só vão saber qual dos três rapazes é ele se lerem o livro até o final.

Então o que era para ser um pequeno grupo formado pelos três rapazes juntamente a Moiraine e o guardião, acaba crescendo quando Thom o menestrel e Egwene aparecem e decidem seguir com eles. Será uma jornada de muitos perigos e aventuras, eles serão perseguidos, se perderão uns dos outros, mas seguirão seus caminhos na esperança de se reencontrarem, descobriremos e nos surpreenderemos com as lendas povos e personagens enigmáticos e fantásticos. Prepare o coração porque é uma aventura de tirar o fôlego, e seja o que a Roda Tecer.

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A ASSINATURA DE TODAS AS COISAS - ELIZABETH GILBERT

 O Tempo Humano era um mecanismo breve e horizontal. Estendia-se de maneira reta e estreita, do passado razoavelmente recente ao futuro pouco imaginável. A característica mais impressionante do Tempo Humano, contudo, era o fato de passar numa rapidez incrível. Era um mero estalar de dedos no universo. (trecho do livro)

A leitura de todas as coisas
Esses dias tive o prazer de ler pela primeira vez um livro da escritora Elizabeth Gilbert que se tornou famosa e querida internacionalmente depois do filme maravilhoso que relatava parte de sua vida — Comer, Rezar, Amar — filme que, aliás eu amei.
A ASSINATURA DE TODAS AS COISAS, foi publicado em 2013 e teve uma boa crítica, devo dizer que não é um livro que causa grandes arrebatamentos ou aventuras, é uma história mais tranquila e delicada, onde é preciso sensibilidade para acompanhar os personagens e entender a profundidade de seus sentimentos, pensamentos e atitudes.
Aqui vemos o mundo através dos olhos de Alma em suas diversas fases da vida, primeiro com olhar infantil, depois juvenil, adulto e finalmente como uma idosa.  Alma Whittaker nasceu em 5 de janeiro de 1800, era uma menina esperta, curiosa e inteligente, filha de pais exigentes, ela às vezes temia a mãe (Beatrix) uma holandesa digna que lhe deu uma educação esmerada que não ficava atrás da educação dos homens mais inteligentes e formados em grandes universidades, tinha em sua biblioteca livros raros e aprendeu a falar diversos idiomas ainda em tenra idade, era completamente apaixonada pelo pai — Henry Whittaker — e suas histórias sobre viagens pelo mundo. Viveu sua infância assim como sua vida adulta cercada pelos maiores pensadores, artistas e cientistas de sua época, pois os pais acreditavam que isso seria favorável para o desenvolvimento intelectual, e não estavam errados já que a Alma realmente se tornou uma cientista e chegou a publicar alguns livros. Sua mãe não acreditava muito em diversão, mas até que Alma se divertia em algumas ocasiões, principalmente nas reuniões em que assistiram exploradores ou artistas que tinham sempre  histórias e aventuras do mundo para contar, ela era a única criança nessas reuniões, até a chegada de sua irmã adotiva Prudence, com quem nem sempre teve uma boa relação e afeto, mas não se importava e se sentia feliz com a vida que tinha.
Alma Whittaker dedicou sua vida ao estudo do mundo, era naturalmente curiosa e tinha uma mente brilhante. Ela amou, foi decepcionada e decepcionou, foi valente nas adversidades da vida, aprendeu a ser generosa e amiga, viveu suas próprias aventuras e posso dizer que encontrou a tranquilidade, também foi amada, principalmente por seu pai, um homem de fato surpreendente e colossal que se agarrou a vida com força e coragem e usou bem seus talentos para construir um império.
Eu desejei mais para Alma, mas no final das contas passei a admirá-la e ter orgulho e carinho por ela, por sua resignação, e por encontrar uma forma de ser feliz. Passei a entender um pouco mais a Prudence, que parecia ser tão dura e fria, mas, na verdade, era sincera em seus sentimentos e sacrifícios, uma mulher caridosa e abnegada, capaz de prescindir do que lhe era mais caro e do seu bem-estar pelos outros sem esperar nada em troca. Poderia ficar aqui relatando tudo que achei de especial nos outros personagens e na história, mas isso revelaria muito sobre o livro e acabaria por tirar o prazer da descoberta ao caro leitor que pretende ler está obra.
Na minha opinião, este livro é dedicado a nos incentivar a reflexão sobre a visão que temos do mundo a nossa volta,  e sobre nossas escolhas, assim como sobre nossos erros e acertos, e me pareceu que fica muito claro que não importa o que nos aconteça, sempre temos a escolha de recomeçar se quisermos, e se fizermos essa escolha e a colocarmos em prática, descobriremos que nunca é tarde para fazer as pazes com a vida. Nunca se esqueça, tudo o que vivemos deixa uma marca nossa, uma assinatura pessoal no universo para sempre.

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SÉRIE CIDADE DA LUA CRESCENTE - CASA DE TERRA E SANGUE - SARAH J. MAAS

 Tinha perfume de paraíso. De lar e eternidade e do lugar exato em que devia estar. 

(trecho do livro)

Capa do Livro Cidade da Lua Crescente

A mais recente série literária de fantasia de Sarah J. Maas, Cidade da Lua Crescente é um livro para maiores de 18 anos, lançada em 3 de março de 2020. Não posso deixar de reverenciar essa escritora genial que se supera mais a cada obra, ela realmente tem o dom de escrever histórias, cada uma mais fascinante que a outra.

Aqui conhecemos a história de Bryce Quilan, uma semi-feérica que mora na cidade da Lua Crescente a metrópole que oficialmente se chama Lunathion, apesar dos problemas Bryce era uma pessoa feliz, tinha uma família e amigos que amava, um trabalho no antiquário Griffin que era bem cansativo e exigente, mas era um trabalho, e definitivamente ela aprontava bastante nas suas diversões com as amigas, na minha opinião penso que ela passava um pouco dos limites às vezes, e amava dançar.

Infelizmente, um acontecimento horrível e traumatizante mudou totalmente o rumo de sua vida, sua melhor amiga Danika e sua matilha foram assassinados, e ela havia achado os corpos, ou o que sobrou deles em seu apartamento. A princípio Bryce ficou em choque, não conseguia conceber que sua melhor amiga já não mais existia entre os vivos, assim tão de repente quando a poucas horas haviam estado juntas, Danika ainda estava lá tão alegre e cheia de vida, todos eles, e depois veio o desespero e tristeza de partir o coração, e novamente apatia, desanimo e mais sofrimento.

Dois anos depois, outro assassinato com características idênticas ao de Danika e sua matilha acontece com Maximus Tertian, um vampiro com quem Bryce fechou um negócio para o antiquário na mesma noite do assassinato, o que levou o governador, o poderoso arcanjo Micah a falar com Bryce, ele alegou que Bryce poderia ajudar nas investigações visto que ela conhecia as vítimas e estivera com elas poucos antes dos assassinatos nos dois casos, e além do fato que ela fora a única testemunha que havia visto o terrível demônio que cometeu os assassinatos, na verdade, Bryce  não teve muita escolha foi mais uma ordem. Mas ela aceitou corajosamente porque também queria justiça para a morte dos amigos, queria que o real culpado fosse punido. Nessa missão ela trabalharia em conjunto com o anjo Hunt Athalar, conhecido como O Umbra Mortis, um anjo lindo e poderosíssimo especialista em matar demônios, ele ajudaria no caso em troca de chegar mais perto de ganhar sua liberdade, ele foi escravizado por participar de uma rebelião contra os Asteri e a República.

Depois de um tempo convivendo e implicando um com o outro enquanto cuidavam das investigações, bem, uma amizade que parecia improvável aconteceu e foi tão especial que não poderia deixar de se transformar em algo ainda maior, um amor que trouxe ambos de volta a vida em meio a tanto caos e perigos.

É um livro surpreendente cheio de aventuras e surpresas, viajei completa e profundamente nessa história de tirar o fôlego que me arrancou sorrisos e lágrimas, senti desespero, alívio e expectativa, e alegria. A amizade, lealdade, coragem e amor que encontrei nesse livro aqueceu meu coração e prendeu totalmente minha atenção com reviravoltas que me deixaram enlouquecida e angustiada, em vários momentos me vi falando com o livro como se os personagens pudessem me escutar, gente leiam essa história porque vale a pena do início ao fim.

Bryce foi subestimada, mas fiquei feliz por ela ter conseguido provar o seu valor e calar a boca daqueles arrogantes, que pensavam que ela era apenas uma pessoa sem importância dispensável e inconsequente, Bryce mostrou ser uma verdadeira guerreira, e ficou claro que foi um privilégio para muitos, poder fazer parte da vida dela.


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A MENINA QUE SEMEAVA - LOU ARONICA

 Magia é apenas a ciência que nós ainda não entendemos.

A Menina que Semeava - livrosqueamamos.com.br

A menina que semeava é um livro de fantasia do autor americano Lou Aronica,  publicado pela primeira vez em 16 de julho de 2013.

Este livro conta a história de Becky, ela foi diagnosticada com leucemia quando tinha cinco anos, foi uma fase difícil, como era de se esperar ela ficou muito abatida e para seus pais foi um momento de muita tristeza. Becky tinha muita dificuldade para dormir e seu pai passava as noites acordado com ela, Becky era sua paixão, seu amor por ela era maior que tudo no mundo. Numa dessas noites em que Becky não conseguia dormir ele teve uma ideia, criar com sua filha uma história, mas não uma história qualquer, a ideia era criar um mundo totalmente novo para colocar personagens e coisas que ainda não existiam, e nesse mundo de fantasia Becky não estaria doente, ela se animou tanto, e isso a ajudou a ir melhorando, diariamente antes de ir para cama Becky e Chris (seu pai), inventavam mais coisas para essa história, e resolveram chamar esse novo lugar inventado de Tamarisk. Mesmo quando, a doença entrou em remissão o ritual de todas as noites continuaram e Tamarisk foi evoluindo, já era cheia de coisas incríveis, havia um rei, uma rainha e uma princesa muito inteligente e aventureira, e nesse lugar tinha muita magia, cores e seres inimagináveis e tudo isso criou uma conexão ainda mais profunda entre pai e filha.

Quando o casamento de Chris e Polly acabou e ele teve que sair de casa, as histórias também acabaram, e parte dessa conexão tão especial entre Becky e o pai parecia ter se quebrado de alguma forma. Foi muito difícil para Chris ter que se mudar e ficar longe da filha, não poder mais estar todos os dias e noites com ela, ter os momentos com Becky reduzidos a visitas agendadas. Se dependesse só dele, não teria se divorciado, não porque o casamento fosse bem, pelo contrário, já há muito tempo que ele e Polly não se amavam ou se entendiam, contudo, ficar longe da filha acabou com ele, não foi fácil superar, na verdade, penso que nunca superou, principalmente quando passou a perceber que o relacionamento dele com a filha não era mais o mesmo, ela parecia tão distante e ele não estava mais sabendo como se aproximar.

Sentiu saudades do jeito como ela falava com ele, como a maneira dela de pronunciar a palavra "papai" fazia parecer que tudo ia dar certo. (Trecho do livro)

Em uma noite em que Becky foi dormir muito triste por ela e o pai terem discutido, ela sonhou com Tamarisk, eu acredito que ela realmente esteve lá, mas acho que cada um terá sua própria interpretação dos fatos, o mundo que eles criaram, assim como seus personagens e criaturas continuaram vivos, mesmo que eles não falacem mais sobre isso ao que parece muito tempo, Becky encontrou com a princesa Miea e elas ficaram muito amigas, na verdade, agora era rainha Miea, infelizmente seus pais morreram em um triste acidente e ela assumiu o trono, foi mágico conhecer o mundo dela, Miea é encantadora. Logo Becky começou a fazer viagens para Tamarisk sempre que dormia na casa do seu pai, é como se somente na casa dele houvesse um portal para chegar lá, Becky acaba dividindo essa descoberta com Chris, no início ele pensava ser apenas uma fantasia da filha, mas ela fala com tanta convicção que Tamarisk existe que ele acaba por acreditar nela, e isso voltou a aproximar os dois e gradualmente aquela conexão que havia se partido entre eles começa a se recuperar. Numa dessas viagens, Becky descobre algo que está preocupando muito a rainha, a vegetação de Tamarisk foi acometida por uma praga, e mesmo com a ajuda dos melhores cientistas do reino não conseguiam encontrar uma solução, o que colocava em risco toda a vida nesse mundo, e do lado do mundo de Becky algo igualmente triste estava acontecendo, o câncer dela havia voltado com força total e a vida de Becky também corria sério risco de chegar ao fim.

Será que uma cura tanto para Tamarisk quanto para Becky será encontrada, será que ambas estão ligadas? Bem, vocês vão precisar ler o livro para descobrir.

Eu prefiro acreditar que Tamarisk realmente foi real para Becky e Chris, quem sabe realmente existam mundos paralelos tão fantásticos e especiais, mais até do que podemos imaginar. É uma história que o tempo todo nos faz ficar divididos, tentando decidir no que acreditar, se na versão que parece fantasia ou numa realidade não tão mágica e agradável, claro que eu sempre, sempre e sempre acreditarei nos finais felizes, fazer o que, acho que sou uma eterna otimista, penso não haver nada de errado em ter um pouco de fé e esperança no "impossível".

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Os Bridgertons livro 2 - O VISCONDE QUE ME AMAVA - JULIA QUINN

Ao contrário da opinião popular, esta autora sabe muito bem que é considerada cínica. Mas isso, querida leitora, não poderia estar mais longe da verdade. Esta autora não deseja mais nada além de um final feliz. E, se isso a torna uma tola romântica, que seja.       

     Crônicas  da Sociedade de Lady Whistledown                                                               (trecho do livro)


Julia Quinn - Livros que Amamos

Em o VISCONDE QUE ME AMAVA, o foco da história é Antony o filho mais velho dos Bridgertons. Depois do falecimento do visconde o título passara para Antony, e nós acompanhamos tudo que se passou desde que o pai de Antony morreu quando ele tinha apenas 18 anos, todo o trauma e sofrimento da família e a enorme responsabilidade que recaiu para o filho mais velho.

Nesta nova temporada em Londres as mamães estavam como sempre com a corda toda para conseguir um bom marido para suas filhas em idade de se casar, e a novidade animadora é que Antony o solteiro mais cobiçado resolvera sossegar e se casar finalmente. Dessa vez o diamante da temporada é Edwina Sheffield possuidora de uma beleza avassaladora, e claro que a princípio Antony a escolheria, ela preenchia os requisitos para esposa, afinal além de bela não era burra e isso era uma de suas exigências, sua esposa teria que possuir o mínimo de inteligência, bom não julgo que isso seja pedir demais. O caso é que Edwina tem uma irmã bem exigente que de forma alguma simpatiza com Antony, acredita que ele é um devasso e nunca poderia fazer sua irmã feliz, e isso acabaria por dificultar a vida de Antony, pois Edwina só aceitaria se casar com a aprovação de Kate, sem dúvida isso será um problema, ou talvez quem sabe a solução.

Na verdade, devo confessar que me simpatizei com a Kate de cara, ela é sensível, inteligente, amorosa, teimosa, e embora a irmã seja aos olhos da maioria mais bonita, está claro que ela também é bela e merece um lindo e bondoso pretendente. Acredito ter percebido assim como as leitoras atentas, uma certa química logo no primeiro encontro de Kate com o Visconde, e fiquei aqui maquinando se Antony não ia acabar caindo nas graças dela.

A autora também nos descreve como Antony sofreu com a morte prematura do pai, e o quanto esse fato o traumatizara, ele acreditava que não viveria mais que o pai, que morreu aos 38 anos. Esse é um dos motivos pelos quais ele não queria se casar por amor, não queria que alguém o amasse, ou ele próprio também se entregar a um amor sabendo que teria pouco tempo de vida, deixando tanta dor e sofrimento quando ele partisse, sofreria pensando no seu trágico fim, na verdade, ele estava conformado com a ideia de morrer jovem, mas um amor, isso complicaria as coisas, faria com que essa certeza se tornasse difícil de encarar.

A princípio ele parece meio orgulhoso e arrogante, mas, na verdade, ele é tão apaixonante quanto possível, e seu coração corre sério risco de ser conquistado por Kate. Durante boa parte do livro ela é subestimada pelas pessoas em geral, ela está sempre sendo comparada a irmã, muita gente comete esse erro, ficam comparando as pessoas, quando, na verdade, deveriam perceber e entender que cada um têm seus encantos próprios, somos únicos, beleza é apenas uma questão de percepção, afinal,  existem várias categorias de beleza para apreciadores e apreciadoras de diversos gostos, e mais importante e que não pode ser esquecido jamais, a beleza interior é infinitamente mais importante que a física que é efêmera; e com toda certeza Kate era linda por dentro e por fora. Ela e Edwina são meio irmãs, a mãe da Kate morreu quando ela tinha apenas 3 anos, e seu pai então casou-se com Mary, e Edwina foi fruto dessa união. Mesmo com todos exaltando a beleza da irmã, Kate nunca a invejou, ela nutria um sentimento puro e nobre por ela e por Mary também, que ela considerava como sua mãe verdadeiramente. Kate realmente se preocupava com a felicidade de Edwina, mas do que com sua própria, o único problema sobre a Kate na minha opinião, é que talvez ela não enxergasse de fato seu valor, e isso não é nada legal.

Ela e Antony não conseguem se entender muito bem, e a princípio pensam até odiar um ao outro, discutem bastante, mas fica claro que eles apenas não conseguem admitir o quanto se sentem atraídos, e é divertido e excitante acompanhar a aproximação dos dois. É um romance que nos faz dar risinhos involuntários e sentir borboletas no estômago como adolescentes.

Julia Quinn, nossa Jane Austen contemporânea, mais uma vez acertou em cada detalhe desse romance que nos faz suspirar e nos apaixonar pelos personagens que estão longe de ser perfeitos, o que faz com que se tornem mais reais e mais próximos de nós leitoras românticas incuráveis.

Para quem ainda não leu o primeiro livro de Os Bridgertons — O Duque e Eu, clique aqui no nome do livro sublinhado, e será direcionado para a página em que falo um pouquinho dele.

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O ADVOGADO DE DEUS - ZÍBIA GASPARETTO

Tudo em sua vida só depende de você. Deus está dentro de cada um, à espera que a pessoa ande, queira, conquiste o próprio bem-estar e a própria felicidade.
(Trecho do Livro)
Foto produzida por Livros que Amamos



O Advogado de Deus é um livro da escritora espiritualista e médium Zíbia Gasparetto ditado pelo espírito Lucius, Zíbia viveu de 29 de julho de 1926 a 10 de outubro de 2018 e deixou como legado mais de cinquenta obras, das quais eu tive o imenso prazer de ler diversos livros, inclusive já escrevi aqui blog sobre um dos livros dela, A Verdade de Cada Um. Na minha opinião em se tratando de romances espíritas os livros da Zíbia são sem sombra de dúvida os melhores, todos os que li me tocaram profundamente e me ajudaram a ter uma visão mais profunda e esclarecida da vida, e das diversas situações que nos cercam, mostrando que tudo que nos acontece tem uma razão de ser justa, que somos nós que atraímos tudo que nos acontece mesmo que inconscientemente, e há sempre tempo de recomeçar e tentar agir no bem, na verdade, buscando acertar e fazer o nosso melhor, mas que também somos humanos suscetíveis a erros. Nosso Pai maior que é soberanamente justo e bom está sempre nos auxiliando através dos espíritos amigos para nos conduzir ao acerto de nossos erros e no caminho do perdão.

Em o Advogado de Deus acompanhamos a vida de Daniel, um jovem recém-formado em direito pertencente a uma família da alta sociedade, na verdade, aparecem outros personagens que vão se envolvendo na história e são super relevantes, alguns deles conquistaram meu coração. Os pais do Daniel queriam decidir o caminho que os filhos deveriam seguir, o pai dele era político renomado e poderoso e queria que seu filho seguisse seus passos na vida pública, mas Daniel tinha planos contrários aos dele, queria exercer a profissão e galgar suas conquistas por conta própria, viu essa oportunidade surgir quando conversou com seu amigo Rubinho que também havia se formado em direito e passara por cima de sua família que também vivia de aparências e não aceitava de bom grado que o filho começasse de baixo, mesmo assim Rubinho alugou um escritório e começou a trabalhar, e nessa ocasião em que conversaram, Rubinho percebeu afinidade de pensamentos e objetivos  com Daniel e o convidou para trabalharem juntos em seu escritório e dividirem as despesas, suas famílias fizeram enorme  pressão, para eles era vergonhoso e inaceitável que os filhos começassem a carreira de forma simples, percebe-se quão deturpada era a visão deles com relação à vida e seus verdadeiros valores a respeito do trabalho digno e honesto, aos olhos de seus pais, Daniel era tido como louco por dispensar os privilégios, mas os rapazes se  mantiveram firmes em seus objetivos, queriam seguir e construir suas carreias por esforço próprio. Daniel teve o apoio de sua irmã Lenira, na verdade, a atitude de Daniel acabou por inspirá-la  a pensar em ter também coragem e fugir as regras, a desejar algo diferente do que estava programado para ela, estava infeliz com as regras da sociedade das aparências e futilidades do seu mundo, cansara-se das fofocas das conversas sem profundidade dos sorrisos falsos, estava decidida, não seria como a mãe se casar e viver anulando seus sentimentos se sacrificando em favor do marido, escrava das obrigações e falsas aparências. Ela ajudou seu irmão na decoração de seu escritório e isso trouxe muita satisfação, pela primeira vez podia opinar e escolher algo do seu gosto, afinal até aquele momento nunca pudera escolher nada, até mesmo as roupas que usava eram escolhidas por Maria Alice sua mãe.

Rubinho assim como Daniel queria ser feliz, ser dono da própria vida, fazer suas escolhas, ele foi de grande exemplo para Daniel ter coragem e se manter firme, os pais de Daniel estavam inconformados, acreditavam que ele fosse incapaz de ser bem-sucedido no escritório com Rubens, quantas vezes na nossa vida nos deparamos com aqueles que tentam minar nossos sonhos, que querem nos fazer crer que não conseguiremos realizar nossos projetos, é preciso muita força de vontade e coragem para tentar, ainda mais com tantas vozes te desacreditando dizendo que você não é capaz. E penso que o pior nessa situação é que os pais deles estamos mais preocupados, na verdade, com o que outros iriam pensar, estavam iludidos, não que não amassem seus filhos, claro que logo vemos que Maria Alice amava seus filhos e queria o melhor para eles, mesmo não enxergando naquele momento que estava agindo de forma equivocada, mas a vida mostraria a realidade a ela e as ilusões acabariam por se dissipar gradualmente.

O tempo passou, já fazia um pouco mais de um ano que Daniel estava trabalhando com Rubinho e estava se saindo muito bem, nessa mesma época Alberto os procurou para contratar seus serviços, o caso era que ele descobriu ser herdeiro de uma fortuna e havia sido usurpado. Alberto não conheceu os pais, foi criado em um colégio na Inglaterra, diziam que seus pais haviam morrido e que uma senhora generosa pagava suas despesas, aos dezoito anos foi perguntado se pretendia ir para a universidade que a pessoa que o estava sustentado continuaria enviando uma mesada para poder cursar a faculdade e se manter, alguns anos depois misteriosamente o dinheiro não mais chegou, e Alberto teve que se virar sozinho, tentou conseguir algumas informações pretendia voltar ao Brasil  e desvendar seu passado, ele conseguiu algumas pistas e provas por isso procurou os advogados para entrar na justiça, e reaver seus bens e seu nome por direito. Na verdade, a história toda é um grande mistério, Daniel sonhou com Alberto poucos dias antes de ele aparecer no escritório, ele pensa em não aceitar o caso, se sente desconfortável perto de Alberto e decide contar o que estava se passando com Rubinho, é aí que Rubinho comenta com ele sobre vidas passadas, ele não era estudioso do assunto mais conhecia pessoas sérias que atestavam o assunto. Daniel ficou de pensar, a princípio era de opinião que não deveriam aceitar o caso, afinal além daquela sensação estranha com relação a Alberto o caso envolveria pessoas da alta sociedade, a família em questão eram os Camargo de Melo, eles eram muito ricos e  conceituados, na verdade, o DR. José Luís  Camargo de Melo mantinha relações de amizade tanto com a família de Daniel como de Rubinho, e com certeza os pais deles ficariam furiosos, se perdessem a causa suas carreiras estariam acabadas, era preciso pensar e ter a certeza se estavam realmente dispostos a assumir esse caso que seria um grande escândalo! Nessa mesma noite Daniel teve outro sonho com uma mulher que lhe dizia ser chegada a hora de ele cumprir o que tanto havia pedido, que devia aceitar o caso e ajudar Alberto, Daniel acordou muito impressionado e acabou resolvendo que deveriam ajuda-lo, nesse ínterim Lanira apareceu no escritório para visitar o irmão e acabou sabendo da história de Alberto e dos estranhos sonhos que o irmão andava tendo, e comentou com ele que a tia deles (Josefa) era espírita e fazia seções em sua casa, que talvez seria bom ir visitá-la e se informar mais sobre o assunto, afinal era muito inusitado os sonhos que ele vinha tendo, principalmente o fato de ele sonhar com Alberto antes mesmo de conhecê-lo. Quem sabe realmente não se tratasse de uma ligação de vidas passadas? Decidiram começar as investigações para angariar mais provas, resolveram ir à festa que haveria na casa dos Camargo de Melo, por suas famílias serem amigas estavam convidados, decidiram que seria uma boa ideia ir e ver o que poderiam descobrir, Lanira ficou muito empolgada com toda essa história e resolveu ajudar a tentar descobrir algo, foi nessa festa que ela começou a se aproximar de Gabriel, o filho de Maria Júlia e José Luís, ele era um rapaz honesto, integro, inteligente, bonito e aos poucos ele vai conquistando o coração dela, no meio do caminho aparece um rival claro, mas eu me vi torcendo por esse casal.

A história vai se desenrolando e acabamos descobrindo várias provas, uma trama emocionante e sinistra de assassinatos e ameaças, também acompanhamos cenas de lembranças de vidas passadas, seções espíritas de esclarecimento conforto e fé, além de momentos de amizade, despertar de ilusões e claro alguns romances tocantes. Descobrimos que no mundo muitas coisas não são o que parecem ser, e pode existir muita maldade escondida por trás de pessoas fantasiadas com máscaras de boa gente, que algumas pessoas pagam um preço alto para viver de falsas aparências, acredito que ser infeliz é um preço alto, mas nem todo mundo consegue perceber a tempo. Os acontecimentos vão se interligando, mostrando que os planos de Deus são perfeitos embora nem sempre compreendamos quando estão acontecendo e que a espiritualidade está sempre ao nosso lado nos auxiliando, ninguém está sozinho.


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A VIDA INVISÍVEL DE ADDIE LARUE - V. E. SCHWAB

 LEMBRO-ME DE TI...

CAPA DO LIVRO - LIVROS QUE AMAMOS
Acreditar é um pouco como a gravidade. Se  houver  pessoas suficientes a acreditarem numa coisa, esta torna-se sólida e real como o chão debaixo dos pés. Mas, quando se é o único a agarrar-se a uma ideia, a uma memória, é difícil evitar que esta escape. (Trecho do Livro)

É uma longa história de fato, mas valeu cada hora e minuto e virar de páginas, pois cada uma delas me fez viajar imaginando cada detalhe e aventura de Addie, seus momentos de sofrimento, seu encantamento diante das descobertas de lugares, música, arte, procurando sentir e compreender seu ódio e amor por Luc, fico aqui me perguntando se o que ela sentiu por Henry foi realmente amor, foi uma bela relação de fato, mas me vi torcendo  pelo Deus cruel que nem sempre foi tão cruel assim. Ou será que foi sempre? Não sei, eu me simpatizei com ele durante a jornada desta história e isso pode estar confundindo meu julgamento, mas acho que entendo por que a Addie gostava dele, embora nem sempre consiga admitir isso para si mesma, e prefiro imaginar que ficaram juntos e felizes para toda eternidade apesar de tudo, mesmo que muitas pessoas discordem de mim ao ler o livro por inteiro, não me importo, para cada pessoa a história é única, cada um sente e imagina de forma subjetiva e particular. E fico realmente grata à autora porque me fez sonhar e passar momentos tão agradáveis com essa história tão magnífica a qual deu vida.

Nossa história se passa entre 1714 e 2014, viajamos entre as lembranças do passado e o presente de Addie. Desde pequena se via que Adeline não era uma criança muito comum para aquela época, ela era curiosa queria conhecer lugares novos, queria aprender a ler, gostava de desenhar, e quando chegou o momento em que as pessoas esperavam que ela devia se casar e cuidar de uma casa e de filhos, lógico que veria aquilo como um castigo algo que não poderia suportar, ser aprisionada a seu vilarejo para sempre, a uma vida comum sem nunca ter a liberdade de fazer o próprio caminho e escolhas. E foi a essa altura que a vida de Addie muda completamente, quando ela completou 23 anos foi pedida em casamento por Roger um viúvo que já possuía três filhos, seus pais aceitaram por ela, queriam obrigá-la a se casar, afinal naquela época vinte e três anos já era uma idade bem avançada para se casar, mas ao contrário dos seus pais Addie já tinha decidido querer ser livre, não aceitaria de bom grado um casamento, principalmente um casamento nessas condições. Na noite anterior ao dia do casamento ela não conseguiu dormir e rezou pedindo um milagre, primeiro ao Deus de sua mãe, depois aos Deuses antigos, ela estava completamente desesperada, mas nenhum deles respondeu.

No dia seguinte sua mãe a está arrumando para o casamento e Addie se sente quase a sufocar, e num último instante de desespero antes que seja condenada a uma vida que não deseja, tem uma ideia, dá uma desculpa para a mãe, diz que esqueceu em casa um presente que fez para seu futuro marido, que tem que voltar para buscá-lo, isso a permite ficar sozinha por uns instantes é aí que ela sai em disparada para dentro do bosque e faz algo que sua amiga Estele alertou para que não fizesse, se ajoelhou e rezou aos Deuses que respondem após o anoitecer, e implorou desesperada por uma resposta, prometeu fazer qualquer coisa, e por fim um deles respondeu, a princípio ficou assustada, mas ele foi o único que respondeu, então ela resolveu pagar o preço que fosse preciso para que ele a ajudasse, só que aquele Deus estranho que parecia ser a própria escuridão disse-lhe que só fazia pactos em troca de almas, ela não esperava por isso e sentiu o coração apertar, mas diz o seu desejo ao Deus, diz que não quer casar, que não quer pertencer a ninguém a não ser a si mesma, diz que quer ser livre para viver e descobrir seu próprio caminho para amar ou ficar sozinha, sendo essa uma decisão sua, o Deus lhe diz que precisa escolher, que ela precisa dizer o que mais deseja, e Addie diz que quer mais tempo, e fica acordado que aquele Deus da escuridão poderá tomar posse da vida de Adeline, quando ela estiver farta de viver ele poderá ficar com sua alma, e o pacto é firmado e selado com um beijo.

CORTE DE ASAS E RUÍNA - TERCEIRO LIVRO DA SÉRIE LITERÁRIA CORTE DE ESPINHOS E ROSAS - SARAH J. MAAS

 Em meio à guerra, é seu coração que enfrentará a mais árdua das batalhas... 

Foto feita por livrosqueamamos.com.br


Cheguei ao terceiro livro da série literária Corte de Espinhos e Rosas e acredito que a palavra para esse livro é EMOÇÃO, uma mistura de sentimentos tanto para mim como para os personagens.

Ressentimento, acho que esse sentimento se refletiu de Feyre para Tamlin e para a cobra da Grã — Sacerdotisa que Feyre tanto confiou, por terem entregue suas irmãs  para o Rei de Hybern, também fiquei chocada e decepcionada mais uma vez com Tamlin por ter se aliado ao Rei sendo sinceramente ou não apenas para ter Feyre de volta contra a vontade dela, e depois ressentimento e decepção de Tamlin para Feyre por tê-lo abandonado e enfraquecido a Corte Primaveril para se vingar os deixando vulneráveis tendo razão para isso ou não, devo confessar que dei razão a Feyre por fazer isso, mas depois fiquei com um pouquinho de pena do Tamlin, só um pouquinho mesmo depois passou, porque o que ele fez foi muito mais grave. Medo, de criaturas misteriosas e antigas que pareciam ser terríveis e nada confiáveis, mas que acabaram se tornando aliadas importantes. Bondade inesperada vinda do Suriel, e o pedido comovente dele para que Feyre tentasse deixar o mundo um pouco melhor do que ela encontrou, nossa fiquei bem triste com a morte dele, chorei junto com a Feyre.

O Terror dos nossos personagens ao pensar em uma guerra contra o mal que parecia quase impossível de vencer, o medo ao pensar em perder os amigos, a família e tudo o que há de bom no mundo. Em vários momentos, nas batalhas a autora transmite tanta emoção que senti quase meu coração parar e acho que parei de respirar por alguns segundos, e nunca em nenhum momento da história os amigos verdadeiros deixaram de proteger uns aos outros, mesmo quando isso exigiu sacrifícios pessoais e risco de morte.

Ao longo dos três livros fui me apaixonando pela trajetória da Feyre e de todos que fizeram parte dela, foi lindo o amor e a intimidade dela com Rhysand, a aproximação com as irmãs naquele acampamento os abraços que trocaram finalmente, a coragem e a esperança de todos, principalmente de Cassian, Azriel, Morrigan, Amren, Lucien, Rhys e finalmente Feyre que precisou de fato de muita coragem para se olhar no Uróboro e encarar tudo dentro de si, o que realmente ela é, todas as partes, as boas e as ruins, e nós sabemos que nem sempre é fácil encarar quem realmente somos, principalmente nossos defeitos e erros que preferimos muitas vezes não enxergar.

Me senti feliz e naquele momento da história muito grata pelo pai da Feyre ter finalmente lutado pelas filhas no momento mais importante, sim, ele acaba tomando coragem para fazer algo embora eu já não esperasse mais por isso, e não poderia usar outra palavra se não alívio, por Tamlin no momento certo e crucial ter passado por cima do seu orgulho e ter amado a Feyre ao ponto de deixá-la ser feliz, de ajudá-la mesmo quando isso provocaria seu próprio sofrimento pelo amor não correspondido, ele foi nobre e não esperava menos  do Tamlin que aprendi a gostar no primeiro livro, não estava feliz em ter que continuar decepcionada com ele.

Ainda há um longo caminho pela frente, para de fato construir confiança e manter a paz entre feéricos e humanos e entre os próprios feéricos, mas o mais importante é que no momento que era mais decisivo eles estiveram todos unidos para tentar salvar o mundo e não permitir que o que há de belo e bom no mundo se perdesse.

Rhys observou todos de novo... e estendeu a mão para Cassian. Cassian a aceitou e estendeu a outra mão a Mor. Então, Mor ofereceu a dela a Azriel. Azriel, para Amren. Amren, para Nestha. Nestha, para Elain. E Elain, para mim. Até que estivéssemos todos ligados, todos unidos.

— Caminharemos para aquele campo — declarou Rhys. — E só aceitaremos a Morte quando ela vier nos puxar para o Outro Mundo. Lutaremos pela vida, por sobrevivência, por nossos futuros. Mas, se ficar decidido por aquela trama do Destino ou pelo Caldeirão ou pela Mãe que não sairemos daquele campo hoje... A grande alegria e honra de minha vida foi conhecê-los. chamar vocês de minha família. E sou grato, mais do que posso expressar, por ter recebido esse tempo com vocês.

Algumas palavras de Rhysand antes da batalha contra Hybern


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SANTUÁRIO DOS VENTOS - GEORGE R.R. MARTIN

Pelo tempo em que essa canção for contada eles saberão de você, a menina que queria tanto suas asas que acabou mudando o mundo. (Trecho do livro)

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 No Santuário dos Ventos o mundo era dividido entre confinados à terra e voadores, eles podiam voar com grandes asas de metal. Essa é a história da Maris, ela nasceu confinada à terra, mas desde bem pequena ficava admirando os voadores e seu maior sonho era poder se tornar um deles. Numa manhã em que Maris procurava objetos e conchas na praia depois de uma tempestade conheceu Russ, um voador que foi muito gentil com ela, brincaram um tempo na praia, Russ colocou a garotinha nos ombros e brincaram de voar, Maris ficou encantada.

Russ não tinha filhos e acabou adotando Maris, ele a ensinou a voar e, quando ficou impossibilitado de voar concedeu as suas asas a Maris, mas o que parecia improvável aconteceu, a mulher de Russ deu à luz Coll, foi um parto difícil e infelizmente ela morreu logo após o nascimento do bebê, Maris ajudou a criar Coll e o amou muito como irmã e como mãe ao mesmo tempo, mas algo a entristecia, quando Coll completasse a maior idade ela teria que dar suas asas tão amadas para ele, segundo a tradição as asas deveriam passar para o filho primogênito de cada família, e como Maris era adotada teria que abdicar das asas com que sempre sonhou e voltar a ser uma confinada à terra, Coll cresceu, mas não queria ser um voador e sim um cantor, era para isso que realmente tinha talento, bem, temos aí um grande dilema. A mãe da Maris costumava dizer que ela tinha que se conformar e que não se deve tentar ser uma coisa que você não é, mas quem realmente pode dizer o que você é ou pode ser de verdade a não ser você mesmo, suponho que certamente não tradições e pré-conceitos antigos ou novos, penso que não podemos nos limitar aquilo que as pessoas dizem que podemos ou não ser, apenas eu posso julgar o que quero ser ou não, se em algum momento perceber que não estou gostando do que sou ou do que me tornei, ou do que estou fazendo, então eu não só posso como devo mudar e me tornar o que realmente quero, é só procurar os meios para tornar isso possível, se eu quero ser uma malabarista então eu posso aprender e me tornar uma malabarista, se quero ser uma escritora, então vou começar a escrever, não podemos nos limitar ou viver a espera da aprovação dos outros, ou então apenas passaremos pela vida interpretando personagens para agradar à plateia, e isso seria lamentável.

Maris, assim como seu irmão, não aceitou condicionar suas vidas aquela tradição tão antiga, que ao invés de priorizar o talento, a vocação e a vontade real de cada um, agiam com intolerância, impondo e de certa forma punindo as pessoas, já que as privam de realizar o que queriam. Então ela procurou ajuda para que um Conselho dos voadores fosse convocado para ela poder colocar seus pontos de vista e novas ideias em confronto com as tradições e talvez conseguir uma chance de não perder suas asas e, ao mesmo tempo, abrindo precedente para que outras pessoas tivessem a mesma oportunidade.

Bem, ela consegue seu objetivo, mas, na verdade, toda a mudança que se seguiria era bem maior e afetaria bem mais pessoas do que ela imaginava, em alguns momentos ela entra em conflito com seus amigos e consigo mesma sobre o que realmente torna alguém digno de merecer asas. Será que realmente só a habilidade era o suficiente?  Um dos motivos para chegar a esse dilema é Val, ele era um confinado à terra que conseguiu conquistar as asas de uma maneira que muitos consideraram desonesta, ele era bem orgulhoso e um tanto cruel, também é claro que aqueles que já eram voadores não queriam perder o direito as suas asas, enfim, Maris fica dividida entre seus amigos de sempre e aqueles que como ela queriam conquistar o direito a voar.

Maris teve uma vida longa, e sua participação nos eventos que irão se desencadear devido a sua decisão do passado será importante e em dado momento decisiva.

Essa história me fez perceber que nem sempre as mudanças são fáceis, mas são sem dúvida necessárias.


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COMO PARAR O TEMPO - LIVRO DE MATT HAIG - COMENTÁRIOS

 E a vida é assim. Não se deve temer a mudança nem recebê-la de braços abertos, quando não se tem nada a perder. Mudanças fazem parte da vida. É sua única constante. (Trecho do livro)

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Devo confessar que sou uma admiradora de Matt Haig, suas narrativas são descomplicadas e de fácil entendimento, e, ao mesmo tempo, suas reflexões têm uma profundidade que tocam de verdade minhas emoções. Gosto dele porque sempre me surpreendo aprendendo coisas novas, descobri coisas de que gosto e que eu nem sabia existirem, músicas, autores e poemas, e foi ele que me proporcionou através de seus livros. Fico imaginando se ele tem noção do quanto toca a vida das pessoas de tantas formas positivas e especiais.

Esta é a história de Tom Hazard, ele aparenta ter 40 anos, mas, na verdade, tem 430, ele sofre de uma condição bem inusitada chamada “anageria”, quem tem essa condição envelhece bem mais devagar do que as pessoas normais, existem algumas dessas pessoas no mundo e elas formaram uma organização chamada Albatroz para se protegerem e manterem essa condição em segredo, de tempos em tempos para não levantar suspeitas eles mudam de identidade de endereço e começam uma nova vida. Tom decide recomeçar a sua vida com seu verdadeiro nome em Londres onde já viveu séculos atrás, um lugar que trará muitas recordações do passado. Ele decide se tornar um professor de história do colegial, ele deseja ter uma vida normal. Sinceramente eu adoraria ter uma vida bem longa e ainda aparentar ser jovem e estar cheia de energia, o problema de envelhecer é que ficamos com o corpo frágil, um dia sua visão e sua mente começam a falhar e você acaba precisando de ajuda para se locomover e ir aos lugares e as visitas ao médico ficam mais frequentes. Imagino que todas as fases da vida, da infância a velhice tem seu lado bom, mas penso que ter o seu corpo se degenerando não é muito agradável, por outro lado, acho que seria triste ver todas as pessoas que você ama morrerem enquanto você continua vivo, sei lá, Matt Haig sempre me põem para pensar.

No decorrer da história acompanhamos o agora e as lembranças do passado de Tom, ele se lembra da morte de sua mãe, ela morreu assassinada devido à ignorância e superstição das pessoas, quem nunca ouviu falar da época em que houve a caça as bruxas em que várias pessoas  inocentes foram acusadas de bruxaria, em geral, as pessoas temem o que não entendem tanto agora como no passado, a diferença é que no passado as pessoas eram afogadas ou queimadas, ou enforcadas por causa disso, apesar de que existem formas modernas de tortura que algumas pessoas ignorantes usam para oprimir o que consideram “anormal”. Enfim, no caso do nosso personagem o problema é que ele não envelhecia então a mãe dele foi acusada de fazer bruxaria para manter o filho jovem para sempre, foi triste e desesperador e ele teve que fugir, Tom chega a Londres faminto e exausto, e é onde ele conhece Rose seu primeiro e único amor por mais de 400 anos, em dado momento Tom conta a verdade sobre sua condição para Rose, mas ela o ama demais para se importar com isso, então eles se casam e tem uma filha chamada Marion, eles tiveram uma vida feliz e boa por um tempo, mas claro que a condição do tom acabaria chamando atenção novamente e tanto Rose como tom decidiram ser mais seguro para todos principalmente para Marion que ele fosse embora, e mais uma vez ele teve que passar por um momento tão difícil, deixar sua família que tanto amava e recomeçar. Os anos se passaram, e quando ele reencontrou Rose novamente em 1623 ela havia contraído a peste e já estava muito próxima da morte, foi aí que ele descobriu que sua filha parou de envelhecer assim como ele, e que ela teve que fugir também. Ele procurou a filha por muitos anos sem sucesso e passou por vários lugares e teve muitos nomes, até que foi encontrado pela Organização Albatroz, e ele meio que não teve muita escolha a não ser aceitar fazer parte da organização, afinal ou era isso, ou a morte e eles prometeram ajudar a encontrar Marion.

Você não é o único que sofre no mundo. Não segure as dores como se fossem preciosas. Tem o suficiente delas por aí. (Trecho do Livro)

Por tudo que se passou, Tom não gostava da sua condição, afinal ele perdeu tantas coisas e pessoas, ele se sentia solitário e mesmo séculos tendo se passado ele ainda sentia falta da Rose. Ele não se sentia mais o mesmo, ele foi muitos e  parecia que tinha perdido a pessoa que realmente fora um dia e isso o fazia se sentir mais triste, mas na sua nova vida em Londres, ele conhece Camille uma professora de francês, e ele acaba se apaixonado por ela, contudo a primeira regra da Organização é justamente não se apaixonar e nunca revelar a verdade para ninguém ou haveria consequências muito perigosas, bem a Organização da qual Tom faz parte não costuma ser tolerante nessa questão, e o problema é que depois de tantos anos solitário ele finalmente sente vontade de redescobrir quem ele realmente é sem mentiras, sente vontade de fazer parte de algo, e  ele se sente feliz fazendo diferença na vida dos alunos, quer se envolver criar laços de amizade e amor, mas a Organização Albatroz não vai deixá-lo livre tão facilmente. Acho que Tom vai precisar decidir se continua vivendo com medo e se escondendo, ou se decide enfrentar tudo para simplesmente viver o agora sendo ele mesmo e enfrentando as consequências.

É uma história fascinante, e o final é surpreendente, simplesmente amei. Leiam Matt Haig, não só este livro, leiam os outros também, na minha opinião ele é um dos melhores escritores dos últimos tempos.

Afinal, não somos apenas aqueles que nascemos. Somos aqueles que nos tornamos. Somos aqueles que a vida faz. (Trecho do Livro)


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Algumas impressões - O Jardim Secreto

 Uma das coisas mais estranhas de se viver no mundo é que só há o agora, então tem-se a certeza de que pelo menos alguém irá viver para sempre, sempre e sempre.

Trecho do Livro

Livro O Jardim Encantado

O Jardim Secreto é um livro de Frances Hodgson Burnett, foi publicado pela primeira vez em 1911 sendo considerado um clássico da literatura.

Essa é uma história sobre transformações, eu gosto dela pelo destaque que dá a natureza, porque afinal de contas também é um tipo de “magia”, toda a beleza das flores, árvores e animais, o tempo do plantio do nascimento, a mudança das estações, crianças descobrindo uma nova forma de viver e enxergando o mundo de uma forma mais bela. Essa história é contada com tanta sensibilidade e riqueza de detalhes que você acaba se imaginando naquele jardim secreto ao lado de Mary, Dickon e Colin, e fica pensando se realmente poderíamos nos comunicar com os pássaros se tentássemos.

Mary foi uma criança indesejada pelos seus pais, logo que nasceu sua mãe a deixou aos cuidados de uma ama e continuou se ocupando apenas com aquilo com que se importava de fato, festas e diversão. De cara dá para perceber que a vida de Mary não começou com amor ou acolhimento. Vivia cercada de criados que faziam tudo que ela queria, não pelo bem dela, mas sim, para não incomodar a patroa que não queria nem ouvir falar em Mary. Claro que ela se tornaria uma criança mimada, infeliz e um tanto desagradável. Quando Mary tinha 9 anos, houve um surto de cólera na Índia onde vivia com seus pais, e eles morreram. Bem, como Mary não conviveu com eles, não era de se esperar que sentisse muito sua falta, afinal como poderia amar ou sentir falta de adultos que deveriam cuidar dela e amá-la e não o fizeram, ela foi apenas uma vítima dos fatos. Mary mergulhou em pensamentos sobre si mesma e sobre o que seria feito dela agora que estava órfã, ela não conseguia ser agradável nem com as outras crianças e a maioria dos adultos a achavam uma criança sem graça e feia, bem diferente de sua mãe que era educada e linda. Tadinha da Mary, ninguém ensinou a ela como ser agradável ou educada.

Mary foi enviada em uma longa viagem de navio para a Inglaterra para casa do seu tio Sr. Archibald Craven, onde moraria de agora em diante. Ao chegar foi recebida pela governanta do seu tio a Sra. Medlock, Mary não gostou muito dela, nada fora do comum, afinal não costumava gostar das pessoas em geral. Em suas reflexões, Mary se perguntava porque as outras crianças pareciam ser queridas a seus pais e ela mesma quando seus pais eram vivos nunca sentiu ser querida por eles, na verdade, Mary nunca se sentiu querida ou acolhida por ninguém, talvez por isso tenha se tornado uma criança tão amarga, acredito ser o  que acontece a uma criança que não se sente especial para ninguém, principalmente por seus próprios pais, talvez por isso ela também não conseguisse gostar de ninguém porque esse tipo de coisa também se aprende, mas ela não teve ninguém para ensinar. Mary poderia ser diferente se tivesse sido amada, ninguém se importava com ela, e apesar de seu tio ter mandado buscá-la também não se importava com ela, não queria vê-la. Ao que parecia a vida dela não iria melhorar muito, mas, é só o que parece, porque apesar das aparências as coisas mudariam gradualmente para bem melhor e não só para Mary.

Logo Mary conhece Martha uma criada designada para cuidar dela, Martha era totalmente diferente dos criados que Mary estava acostumada na Índia, ela era falante, bem-humorada e agradável, e o melhor de tudo não parecia se importar com a arrogância e rabugice de Mary, isso a surpreendeu e foi bem positivo, Martha tinha um jeito amigável e firme, claro que seria uma ótima influência para Mary. Muitas coisas mudaram na vida dela na casa do tio, e ela teve que aprender a cuidar mais de si mesma a ser mais independente.

Aconselhada por Martha ela começou a passear pelos jardins, a brincar ao ar livre, foi aí que ela conheceu o pintarroxo um passarinho que  conseguiu despertar uma ternura desconhecida no coração de Mary, e também a ajudou a aprender sobre amizade e magia, e ela começou a cada dia se tornar mais agradável, e a essa altura ela já gostava da Martha também. O pintarroxo morava em um jardim onde Mary não conseguia descobrir como entrar, foi então que perguntou para Martha e ela lhe contou sobre o jardim secreto que fora trancado depois que a esposa do seu tio havia falecido, claro que para uma criança um mistério é sempre instigante, e Mary passava os dias tentando descobrir onde estava a entrado do jardim e onde poderia estar a chave para abri-lo. Foi o pintarroxo que lhe mostrou onde a chave estava enterrada, desde então ela carregava a chave para todos os lados na esperança de encontrar a porta um dia.

A família de Martha era muito humilde, moravam em um pequeno chalé com doze crianças para alimentar e ganhavam muito pouco, mesmo assim a mãe de Martha preocupada com a criança solitária que perdeu os pais e estava sozinha em um novo lar estranho, comprou para ela uma corda de pular, Mary nunca vira uma e ficou encantada quando Martha a ensinou como pular, e passou a pular por todos os cantos diariamente, nada melhor para uma criança do que brincar ao ar livre, a mãe de Martha era uma mulher muito amável e sábia. É “engraçado” pensar que às vezes pessoas que não são de nossa família, tem mais consideração e carinho por nós do que nossa própria família, o que me leva a conclusão de que família não é necessariamente apenas quem tem o nosso sangue, mas sim quem cuida de nós, que nos dá carinho e nos ajuda a perceber o quanto somos especiais e nos transformar no melhor que podemos ser, acho que foi isso que Martha e sua família fizeram por Mary, que sentiu os efeitos disso e passou gradualmente a ir se transformando numa criança totalmente diferente e muito melhor.

Depois de um tempo o pintarroxo guiou Mary até a porta do jardim escondida sob os arbustos, ela entrou e ficou encantada com aquele lugar que seria seu refúgio e fez milhares de planos para trazer o jardim de volta a vida, em segredo é claro, e ficou muito, muito agradecida ao pintarroxo. É linda a inocência das crianças, talvez pelo fato de acreditar de verdade que o pintarroxo se comunicava com ela, fez que com isso se tornasse real, e ela realmente precisava de um amigo, pois nunca teve um.

No decorrer da história conhecemos o irmão da Martha Dickon, ele é um encantador de animais, Mary faz amizade com ele e os dois começam a cuidar do jardim secreto juntos. Mary também acaba descobrindo que tem um primo que é muito mais mimado do que ela, mas as coisas mudam e Colin também acaba se transformando para melhor com a convivência com Dickon e Mary, e o Jardim, e a primavera também fizeram sua magia.

Mary e Dickon trabalharam um pouco aqui e acolá, e Colin os observou. Eles trouxeram coisas para ver, botões que ainda estavam bem fechados, pedaços de galhos, cujas folhas estavam apenas mostrando seu verde, a pena de um pica-pau que havia caído sobre a grama, uma concha vazia que algum pássaro havia chocado cedo demais. Dickon empurrou a cadeira bem devagar, dando voltas pelo jardim, parando a cada momento para deixá-lo olhar para as maravilhas que brotavam da terra ou trilhavam para baixo das árvores.

Trecho do Livro

Eu adorei a história, e claro tem sim um final bem feliz como era de se esperar. Leiam O Jardim Secreto e acrescente um pouco mais de magia a sua vida.


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