Restavam apenas algumas horas de luz do dia. Se eu não partisse logo, precisaria encontrar o caminho no escuro, e os avisos dos caçadores da aldeia ainda pareciam frescos em minha mente: lobos gigantes estavam à espreita, e muitos deles. Sem falar dos boatos de um povo estranho avistado na área, alto e sinistro e mortal.
Trecho do Livro
Feyre tinha uma vida miserável na aldeia que vivia com a
família, ela tinha que lutar para sobreviver à fome, ela era tão generosa com o
pai e as irmãs, ela abria mão dela mesma e de seus desejos, mas poucas vezes eles reconheceram isso, o que a magoava às vezes, mas, mesmo assim ela nunca deixou de cuidar deles. Tudo bem, também
havia a promessa que ela fez no leito de morte da mãe, onde jurou cuidar de
todos, e para ela uma promessa era sagrada, mas não era só isso, ela os amava também.
Feyre era só uma menina e já com tantas responsabilidades, teve que cuidar
daqueles que, na verdade, deveriam cuidar dela. Ela tinha alma de artista,
fascinação pelas cores e formas, e sonhava que um dia teria tempo para pintar, e
quando teve a oportunidade ela fez pinturas de grande beleza e significado.
Toda aquela pobreza e fome, fizeram com que Feyre criasse barreiras em volta de
si e do seu coração, acho até que ela desaprendeu a sorrir.
Durante uma caçada em busca de alimento, Feyre encontra um
lobo enorme e o mata. Na noite após a morte do lobo, um Grão-feérico invade sua
casa no formato de uma ferra, e exige uma reparação, uma vida por outra vida. Entenda, na verdade, o que a Feyre matou não foi um lobo, embora tivesse a
aparência de um quando ela atirou a flecha, na verdade, era uma pessoa, um feérico.
Bem ela não teve outra escolha, ou ia com o Grão- feérico para as terras mágicas
além da muralha que os separavam dos humanos, ou morreria ali mesmo na frente
de sua família. O que a princípio parecia um destino trágico pelas histórias
que ela escutou a vida toda sobre como era terrível o mundo dos feéricos, na verdade, foi mais uma bênção na vida da Feyre, onde ela morava com a família no
lado humano era um inverno rigoroso, e bom havia fome que era o pior de tudo,
mas em Prythian parecia mais o paraíso, uma primavera sem fim, tinha sol e
muito verde, o lugar era lindo. O nome do Grão-mestre é Tamlin, e apesar de
estar preso a uma máscara no rosto, nota-se pelos olhos de Feyre que ele é
muito bonito. Na verdade, apesar de eles serem bem diferentes, ao mesmo tempo, eram também tão parecidos, ambos têm a personalidade bem forte, são um pouco
orgulhosos e não gostam de dar o braço a torcer, mas também são generosos, tem
um coração sincero e bom, e aos poucos eles vão percebendo isso. Posso dizer
que mesmo bem antes de saber o que aconteceria na história eu já shippava esse
casal, sentia que aconteceria um belo romance do jeito que eu gosto. Ele soube
ver através das aparências, soube que Feyre era especial. Tá! Não vou dizer que
foi fácil a aproximação dos dois, Feyre estava muito armada contra ele, afinal
ela não estava muito conformada em ser levada da sua família para viver ali
obrigada, ela ainda não conseguia ver que sua vida na casa de Tamlin era muito
melhor do que jamais poderia ser ao lado da sua família, aliás acredito que eles
precisavam começar a se virar sozinhos, ela já fizera mais do que o
suficiente por eles.
CONTINUE LENDO...
Na terra dos feéricos também havia problemas é claro, uma maldição
enfraqueceu a magia deles, por isso as máscaras, eles não conseguiam tirá-las
do rosto, e alguns seres malignos começavam a se espalhar.
Durante sua estadia na terra primaveril, Feyre fez algumas
descobertas, uma delas foi sobre o Rei de Hybern, que vivia do outro lado do
mar violento do Oeste, ele era um rei cruel que odiava os humanos e não havia
ficado satisfeito com o tratado entre os feéricos e os humanos, pois o tratado
proibia que os feéricos escravizassem humanos, ele não ficou satisfeito de
libertar seus escravos mortais e viver confinado a ilha verde seu pedaço de
terra. A certo ponto da história também ficamos sabendo sobre a existência de Amarantha
a Grã-Rainha de Prythian, sua lenda está associada a pesadelo e crueldade, e
ela é supostamente aliada do Rei de Hybern, e a responsável pela maldição que recaiu
sobre o povo feérico.
Houve um tempo em que eu sonhava e respirava e pensava em
cores e luzes e formas. Às vezes eu até mesmo me permitia sonhar com o dia em
que minhas irmãs estariam casadas e seríamos apenas papai e eu, com comida o
suficiente para todos, dinheiro o bastante para comprar tinta, e tempo o
bastante para colocar aquelas cores e formas em papel, ou tela, ou nas paredes
do chalé.
Trecho do Livro
Lucien também me conquistou, adorei seu jeito provocante, e o
quanto foi capaz de ser leal e amigo. Fiquei estarrecida quando soube sua história
e tudo que ele sofreu. Ele é emissário de Tamlin e seu melhor amigo.
Aos poucos as barreiras que Feyre fizera dentro de si
mesma estavam desvanecendo e suavizando, ela estava aprendendo cada vez mais
sobre aquelas pessoas, e começou a perceber que eles também sofriam, também
amavam e tinham amizades verdadeiras, que também assim como ela faziam de tudo
para proteger e cuidar de suas famílias. Ela acreditava que todos os feéricos
eram maus e cruéis, o que ela não sabia era que existiam tantos sentimentos bons
nos feéricos e tanta beleza, afinal todas as lendas diziam o contrário. Logo
Feyre sente que ali é seu lar, que encontrou de fato seu lugar no mundo.
É triste pensar que Feyre teve que aprender tantas coisas
sozinha, como sobreviver em cada situação, teve que aprender a caçar sozinha, a
nadar sozinha, e eu tive muita esperança de que pelo menos ela tivesse ajuda
para aprender a escrever e a ler, e é claro que nosso herói misterioso acabaria
ajudando, pelo menos foi o que desejei.
A cada dia Feyre ficava mais encantada com a corte
primaveril, era uma terra de colinas verdes e florestas exuberantes, lagos
cristalinos com o brilho das estrelas contido neles. E ela conseguiu realizar
um sonho antigo, teve finalmente tempo para pintar, da hora que acordava até o
anoitecer e ela pintou tantas coisas, pela primeira vez na vida ela estava
fazendo algo por si mesma e estava de fato se sentindo bem de verdade, ela até
conseguia sorrir, e olha que isso era difícil de acontecer a um tempo que
parece longo demais
E quando finalmente ela e Tamlin ficam juntos, nossa eu amei
o beijo deles ao alvorecer, a autora escreveu de um jeito que me envolveu, que
me fez sentir a emoção do momento, tão leve, e, ao mesmo tempo, tão intenso.
Quando Feyre foi libertada contra sua vontade e teve que
voltar para casa, aliás um momento super triste que deixou meu coração
apertado, enfim, fiquei realmente surpresa quando descobri que Nestha, a irmã rancorosa
tivera coragem de ir até às muralhas que dividiam o mundo humano do mundo
feérico para tentar encontrar Feyre, apesar de tudo ela a amava, e foi algo
bom, saber que, no fundo, ela se importava isso foi importante para Feyre.
Olhei para minha irmã, olhei de verdade para ela, para aquela mulher que não conseguia suportar os mentirosos que agora a cercavam, que jamais tinha passado um dia na floresta, mas entrara no território dos lobos... Que tinha encoberto a perda de nossa mãe, depois nossa ruína, com ódio frio e amargura, porque o ódio fora seu bote salva-vidas, e a crueldade uma válvula de escape. Mas ela se importava — no fundo, ela se importava, e talvez me amasse com mais intensidade do que eu poderia entender, mais profunda e lealmente.
Quando ela percebeu que algo poderia estar errado, decide
voltar e lutar por Tamlin, e dizer que também o amava, foi incrível ver a
coragem dela indo atrás dele. Ela decidiu enfrentar todos os perigos
desconhecidos por ele, Feyre enfrentou Amarantha e a custa de muito sofrimento quebrou
a maldição que recaíra sobre a Corte Primaveril, assim como o aprisionamento dos
outros povos feéricos, não foi fácil para ela.
Feyre teve uma ajuda inesperada, Rhysand o Grão- Senhor da Corte Noturna,
apesar de seus métodos um pouco questionáveis, ele foi importante para manter
Feyre erguida e viva, posso dizer que acho que existe uma ligação entre eles, ele
lutou por ela no final e acredito que isso jamais poderá ser esquecido, e talvez ele seja o único que de fato consiga entender
o que se quebrara dentro da Feyre após ter matado aqueles feéricos inocentes,
mesmo que isso tenha trazido a liberdade a todos, algo se quebrou dentro dela. Me
emocionei com o final e com presente que ela recebeu dos Grão-Feéricos, e por
saber que ela e Tamlin seriam felizes novamente.
Leiam, é uma história que realmente vale á pena. O segundo livro — Cortes de Névoa e Fúria — já está na minha estante, então logo logo poderei falar um pouco
dele com vocês.
Nos sentamos no alto da colina, e escondi o sorriso quando Tamlin passou o braço em volta de meus ombros, me puxando para perto. Em silêncio, olhamos para a extensão ondulante e verde. O céu mudou para lilás, as nuvens foram preenchidas com luz rosa. Então, como um disco tremeluzente abundante e claro demais para ser descrito, o sol deslizou para cima do horizonte e cobriu tudo de dourado. Foi como ver o mundo nascer, e éramos as únicas testemunhas.
Trecho do Livro
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