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A SEGUNDA VIDA DE MISSY - BETH MORREY - ALGUNS COMENTÁRIOS

 Ali ficamos, comendo croissants e contemplando as árvores, que eram mesmo lindas, de um jeito sombrio, nuas e pontiagudas contra o céu perolado, onde a tênue luz do sol penetrava as nuvens e lançava salpicos no lago.

Trecho do Livro

Capa do livro A Segunda Vida de Missy

Sylvie uma mulher de meia-idade simpática e amável, dona de duas cadelas chamadas Nancy e Decca, estava distribuindo croissant no parque perto do lago quando nossa personagem desmaiou, quando Missy recobrou a consciência Sylvie a ajudou e ficou a seu lado até que se recuperasse e pudesse voltar para casa, a partir daquele encontro sem que Missy soubesse o rumo de sua vida começaria a mudar.

Sylvie tinha esse jeito de quem acha que tudo na vida é uma tremenda piada, uma irreverência que me dava vontade de colocar os pés para o alto e ficar de conversa fiada — de estar num mundo em que as coisas não fossem tão sérias.

Trecho do Livro

Percebi que Missy estava se sentindo solitária, sentindo falta dos filhos e do neto que estavam longe, resolveu passear pelo parque para passar o tempo e observar os peixes que estavam sendo resgatados do lago, após um leve mal-estar e um desmaio ela conheceu Sylvie, ela foi tão amável e gentil com Missy mesmo ela sendo uma desconhecida, não é muito comum encontrar pessoas assim hoje em dia, logo de cara me simpatizei com essa personagem. Nesse dia Missy voltou para casa exatamente como tinha saído, vazia e solitária, começou a lembrar quando tinha crianças em casa, e que era quase impossível deixar a casa arrumada com as coisas no lugar, é engraçado né, nós adultos sempre reclamamos da bagunça que as crianças fazem, que deixam tudo fora do lugar, mas quando vão embora acabamos sentindo falta de toda a alegria e vida que se vão junto com a ausência delas. No decorrer das páginas acompanhamos suas lembranças da juventude, sua época da faculdade onde conheceu Leo seu grande amor em uma festa, seu casamento, seus pais, a primeira vez que entrou naquela casa onde passou a maior parte da sua vida de casada e onde criou seus filhos, e que agora estava tão solitária e silenciosa com ela morando sozinha.

Havia momentos em que a solidão era esmagadora. Não apenas a solidão óbvia de morar sozinha em uma casa enorme, longe dos entes queridos, mas também um isolamento mas abstrato, galáctico, como um barco com o casco furado boiando em mar aberto, sem âncora nem terra à vista. Eu poderia afundar ou flutuar para mais e mais longe, e não sabia ao certo qual dos dois era pior.

Trecho do Livro

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Algum tempo depois ela conheceu Ângela amiga de Sylvie e seu filho Otis, ela era jornalista, mãe solteira e um pouco maluquinha. Otis lembrava Arthur o neto de Missy, eles tinham a mesma idade e Missy acabou se apegando a ele. Foi Ângela que na noite de aniversário solitário de Missy levou Bob pela primeira vez na casa dela, Bob era uma cadela vira lata encantadora que pertencia à amiga de Ângela, mas que não podia ficar com ela no momento, então Missy meio contrariada concordou em cuidar dela por um tempo. Gradualmente Bobby e Missy foram criando uma ligação especial, ela se tornou confidente e companheira e preencheu a vida solitária de Missy com muito amor. Elas quase se tornaram inseparáveis, e foi por causa de Bobby que ela se abriu para novas amizades. Aparentemente o filho de Missy, Alister procurava manter contato com a mãe, ele morava na Austrália com a esposa e o filho. Mel a filha mais velha parecia não se importar muito, mas ela teve um papel muito mais importante na história do que Alister, apesar de ele ser o preferido de Missy.

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As expressões e linguagem corporal de bobby eram tão vívidas e explícitas que eu havia começado a responder a seus pedidos silenciosos, quase sempre negando. Mas, no correr dos dias, passei a ansiar por nossas "conversas", agradecendo-lhe por me lembrar de trancar a porta dos fundos, dando-lhe uma bronca por não me dizer que sua tigela de água estava quase vazia e rindo dos seus resmungos quando eu a empurrava para fora do sofá. Pensávamos em como estaria o tempo no dia seguinte, decidíamos ir ao parque ou nos dávamos um biscoito. Ela interrompia minha tristeza diante das fotografias e eu lhe falava de Leo. Não podia conversar com mais ninguém sobre ele, mas descobri que com ela podia falar.

Trecho do Livro

Ângela, Otis e Sylvie começaram a passar bastante tempo com Missy, e logo ela já não tinha muito tempo para se sentir sozinha. Foi um processo difícil, mas aos poucos Missy foi se abrindo mais para a vida, fez as pazes com o passado, procurou acertar as coisas com sua filha Mel e fiquei feliz pelas duas terem se acertado.

E assim, ali estávamos nós, a velhota chata, a mãe solteira, o super-herói  e a vira-lata adotada, a caminho do casamento de milha filha com sua namorada.

Trecho do Livro

Mergulhei fundo na vida de Missy, enquanto ela revivia e encarava suas lembranças boas e ruins, seus acertos e erros, e acompanhei sua lenta e gradual recuperação da melancolia e solidão, se desabrochando para a vida e para novas e verdadeiras amizades sem falar de Bobby, e se dava uma nova oportunidade para ser feliz, para mim, foi um exemplo de que você pode ter esperança e recomeçar a sua vida não importa com quantos anos esteja, enquanto estamos respirando tudo é possível. Em inúmeros momentos da vida, ser feliz e mudar é uma escolha, e ela escolheu tentar mudar e ser feliz novamente.

Ao correr os olhos pelas caixas, roupeiros e baús - restos de vidas perdidas: Fa-Fa, Jette, mamãe e papai, Leo e até Alister e Mel, depois que os dois tinham começado vidas novas em outros lugares -, imaginei poder ouvir o eco de todos em suas coisas: as histórias de Fa-Fa, as pedaladas da singer de Jette, mamãe entoando suas palavras de ordem, Leo dando risadas no Rádio 4, Ali fazendo vrum-vrum, na algazarra de seus carinhos pelo corredor, e Mel tocando violão.

Trecho do Livro

No Natal daquele ano Missy iria passar sozinha, bem não totalmente sozinha ela tinha Bobby agora, mas ela ficou meio triste, o que a fez relembrar como eram os natais de sua infância e dos natais com seus filhos ainda crianças. Sabe, acabei viajando me lembrando da minha própria infância e de como eram meus natais, meu pai ficava animado para montar uma bela árvore de Natal mesmo que fosse às vezes apenas um grande galho coberto de algodão para imitar a neve, me lembro das inúmeras bolas brilhantes e coloridas, foram os melhores natais da minha vida. No final das contas ela teve uma boa surpresa naquele dia, e seu Natal foi mais animado e feliz do que ela poderia imaginar, quando se tem amigos você nunca está sozinho.

... porém, mais do que qualquer outra coisa, queria apenas que as coisas mudassem, queria parar de me sentir triste e amarga e sozinha. Esse pequeno ato de rebeldia me deu a sensação de que eu era capaz de alterar o curso, mesmo nos instantes finais da corrida. A velhota ainda tinha fôlego.

Trecho do Livro

Enfim, muitas coisas novas começam a acontecer na vida de Missy com Bobby e seus novos amigos e foi maravilhoso poder acompanhar cada página. O final é emocionante e chorei de tristeza e de alegria ao mesmo tempo, então só posso dizer que amei e que claro super recomendo sem sombra de dúvida.


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Sobre a autora

Beth Morrey teve a inspiração para escrever A segunda vida de Missy durante a licença-maternidade, enquanto passeava com o filho no parque próximo a sua casa. Após conhecer a comunidade de donos de cachorros, corredores, vizinhos e famílias que frequentavam o local, ela começou a desenvolver a história de uma mulher que era salva pelas pessoas a seu redor, estranhos que se tornavam amigos. 






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