Pelo tempo em que essa canção for contada eles saberão de
você, a menina que queria tanto suas asas que acabou mudando o mundo. (Trecho
do livro)
Russ não tinha filhos e acabou adotando Maris, ele a ensinou a voar e, quando ficou impossibilitado de voar concedeu as suas asas a Maris, mas o que parecia improvável aconteceu, a mulher de Russ deu à luz Coll, foi um parto difícil e infelizmente ela morreu logo após o nascimento do bebê, Maris ajudou a criar Coll e o amou muito como irmã e como mãe ao mesmo tempo, mas algo a entristecia, quando Coll completasse a maior idade ela teria que dar suas asas tão amadas para ele, segundo a tradição as asas deveriam passar para o filho primogênito de cada família, e como Maris era adotada teria que abdicar das asas com que sempre sonhou e voltar a ser uma confinada à terra, Coll cresceu, mas não queria ser um voador e sim um cantor, era para isso que realmente tinha talento, bem, temos aí um grande dilema. A mãe da Maris costumava dizer que ela tinha que se conformar e que não se deve tentar ser uma coisa que você não é, mas quem realmente pode dizer o que você é ou pode ser de verdade a não ser você mesmo, suponho que certamente não tradições e pré-conceitos antigos ou novos, penso que não podemos nos limitar aquilo que as pessoas dizem que podemos ou não ser, apenas eu posso julgar o que quero ser ou não, se em algum momento perceber que não estou gostando do que sou ou do que me tornei, ou do que estou fazendo, então eu não só posso como devo mudar e me tornar o que realmente quero, é só procurar os meios para tornar isso possível, se eu quero ser uma malabarista então eu posso aprender e me tornar uma malabarista, se quero ser uma escritora, então vou começar a escrever, não podemos nos limitar ou viver a espera da aprovação dos outros, ou então apenas passaremos pela vida interpretando personagens para agradar à plateia, e isso seria lamentável.
Maris, assim como seu irmão, não aceitou condicionar suas vidas aquela tradição tão antiga, que ao invés de priorizar o talento, a vocação e a vontade real de cada um, agiam com intolerância, impondo e de certa forma punindo as pessoas, já que as privam de realizar o que queriam. Então ela procurou ajuda para que um Conselho dos voadores fosse convocado para ela poder colocar seus pontos de vista e novas ideias em confronto com as tradições e talvez conseguir uma chance de não perder suas asas e, ao mesmo tempo, abrindo precedente para que outras pessoas tivessem a mesma oportunidade.
Bem, ela consegue seu objetivo, mas, na verdade, toda a mudança que se seguiria era bem maior e afetaria bem mais pessoas do que ela imaginava, em alguns momentos ela entra em conflito com seus amigos e consigo mesma sobre o que realmente torna alguém digno de merecer asas. Será que realmente só a habilidade era o suficiente? Um dos motivos para chegar a esse dilema é Val, ele era um confinado à terra que conseguiu conquistar as asas de uma maneira que muitos consideraram desonesta, ele era bem orgulhoso e um tanto cruel, também é claro que aqueles que já eram voadores não queriam perder o direito as suas asas, enfim, Maris fica dividida entre seus amigos de sempre e aqueles que como ela queriam conquistar o direito a voar.
Maris teve uma vida longa, e sua participação nos eventos que irão se desencadear devido a sua decisão do passado será importante e em dado momento decisiva.
Essa história me fez perceber que nem sempre as mudanças são fáceis, mas são sem dúvida necessárias.
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