LEMBRO-ME DE TI...
É uma longa história de fato, mas valeu cada hora e minuto e virar de páginas, pois cada uma delas me fez viajar imaginando cada detalhe e aventura de Addie, seus momentos de sofrimento, seu encantamento diante das descobertas de lugares, música, arte, procurando sentir e compreender seu ódio e amor por Luc, fico aqui me perguntando se o que ela sentiu por Henry foi realmente amor, foi uma bela relação de fato, mas me vi torcendo pelo Deus cruel que nem sempre foi tão cruel assim. Ou será que foi sempre? Não sei, eu me simpatizei com ele durante a jornada desta história e isso pode estar confundindo meu julgamento, mas acho que entendo por que a Addie gostava dele, embora nem sempre consiga admitir isso para si mesma, e prefiro imaginar que ficaram juntos e felizes para toda eternidade apesar de tudo, mesmo que muitas pessoas discordem de mim ao ler o livro por inteiro, não me importo, para cada pessoa a história é única, cada um sente e imagina de forma subjetiva e particular. E fico realmente grata à autora porque me fez sonhar e passar momentos tão agradáveis com essa história tão magnífica a qual deu vida.
Nossa história se passa entre 1714 e 2014, viajamos entre as lembranças do passado e o presente de Addie. Desde pequena se via que Adeline não era uma criança muito comum para aquela época, ela era curiosa queria conhecer lugares novos, queria aprender a ler, gostava de desenhar, e quando chegou o momento em que as pessoas esperavam que ela devia se casar e cuidar de uma casa e de filhos, lógico que veria aquilo como um castigo algo que não poderia suportar, ser aprisionada a seu vilarejo para sempre, a uma vida comum sem nunca ter a liberdade de fazer o próprio caminho e escolhas. E foi a essa altura que a vida de Addie muda completamente, quando ela completou 23 anos foi pedida em casamento por Roger um viúvo que já possuía três filhos, seus pais aceitaram por ela, queriam obrigá-la a se casar, afinal naquela época vinte e três anos já era uma idade bem avançada para se casar, mas ao contrário dos seus pais Addie já tinha decidido querer ser livre, não aceitaria de bom grado um casamento, principalmente um casamento nessas condições. Na noite anterior ao dia do casamento ela não conseguiu dormir e rezou pedindo um milagre, primeiro ao Deus de sua mãe, depois aos Deuses antigos, ela estava completamente desesperada, mas nenhum deles respondeu.
No dia seguinte sua mãe a está arrumando para o casamento e Addie se sente quase a sufocar, e num último instante de desespero antes que seja condenada a uma vida que não deseja, tem uma ideia, dá uma desculpa para a mãe, diz que esqueceu em casa um presente que fez para seu futuro marido, que tem que voltar para buscá-lo, isso a permite ficar sozinha por uns instantes é aí que ela sai em disparada para dentro do bosque e faz algo que sua amiga Estele alertou para que não fizesse, se ajoelhou e rezou aos Deuses que respondem após o anoitecer, e implorou desesperada por uma resposta, prometeu fazer qualquer coisa, e por fim um deles respondeu, a princípio ficou assustada, mas ele foi o único que respondeu, então ela resolveu pagar o preço que fosse preciso para que ele a ajudasse, só que aquele Deus estranho que parecia ser a própria escuridão disse-lhe que só fazia pactos em troca de almas, ela não esperava por isso e sentiu o coração apertar, mas diz o seu desejo ao Deus, diz que não quer casar, que não quer pertencer a ninguém a não ser a si mesma, diz que quer ser livre para viver e descobrir seu próprio caminho para amar ou ficar sozinha, sendo essa uma decisão sua, o Deus lhe diz que precisa escolher, que ela precisa dizer o que mais deseja, e Addie diz que quer mais tempo, e fica acordado que aquele Deus da escuridão poderá tomar posse da vida de Adeline, quando ela estiver farta de viver ele poderá ficar com sua alma, e o pacto é firmado e selado com um beijo.